quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O QUE TENTAMOS DIZER HOJE, UM VELHO CACIQUE JÁ HAVIA DITO EM 1855


A carta abaixo, do cacique Seathl – Seattle – escrita em 1855, e entregue ao Presidente dos Estados Unidos Franklin Pierce, que fez uma oferta para compra suas terras, mostra que, embora a Ecologia seja uma ciência nova, o raciocínio ecológico não foi criado pelos homens de hoje. Eis um trecho, no qual revela suas crenças, tradições e o apego a terra onde viviam e que provia seu sustento:


"O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também de sua amizade e de sua benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não precisa da nossa amizade. Vamos pensar em sua oferta. Se não pensarmos, o homem branco virá com armas e tomará nossa terra. O grande chefe em Washington pode acreditar no que chefe Seatlle diz, com a mesma certeza com que os nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem. Como podes comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como podes então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre coisas de nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença de meu povo. Sabemos que homem branco não compreende nosso modo de viver. Para ele, um pedaço de terra é igual a outro. Porque ele é um estranho que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, é sua inimiga, e depois de a esgotar, ele vai embora. Deixa para trás a cova de seu pai, sem remorsos. Rouba a terra dos seus filhos. Nada respeita. Esquece o cemitério dos antepassados e o direito dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás só desertos. Tuas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho. Talvez seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende. Se eu decidir a aceitar, imporei uma condição. O homem branco deve tratar os animais como se fossem irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser certo de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias, abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso do que um bisão que nós, os índios, matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais desaparecessem, os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo está relacionado entre si. Tudo quanto fere a terra fere também os filhos da terra. "


Fonte: Faculdade Getúlio Vargas

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

CANDIDATOS QUE DEFENDEM OS DIREITOS DOS ANIMAIS!!!

Em dúvida em quem votar nessas eleições?

A gente ajuda você a sair desse mato sem cachorro!

Se você se importa com os animais e acredita que eles devam ser incluídos nas políticas públicas, conheça os candidatos amigos dos animais em seu estado em www.votepelosanimais.org.br.

Nessas eleições, vote pelos animais

A WSPA é absolutamente apartidária. O critério utilizado para a composição da lista de candidatos é única e exclusivamente a elaboração, por parte do político, de leis, projetos, ações, iniciativas e propostas que visem a proteção e o bem-estar animal.
Conhece algum candidato amigo dos animais que não está na lista? Abra o bico! Envie um email para observador@wspabr.org .

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

"Tradição" - SALVO-CONDUTO PARA A BARBÁRIE???



Chocada e estarrecida, quando vi a foto que postei aí em cima.
Uma tradição anual em um povoado japonês, faz com que todo dia 1º de setembro aconteça a matança de cetáceos.

Sob a bandeira da “tradição”, cometem-se muitos crimes, e as pessoas acham justificáveis as práticas criminosas, imediatamente correlacionei algumas “tradições” antigas:

África: Excisão clitoriana(amputação do clitóris) nas meninas, a tradição considera ser um órgão impuro, então as crianças são dilaceradas, sem anestesias, com objetos cortantes;

Oriente - médio : apedrejamento de adúltero, uma mulher deve ser apedrejada, se for provada a sua infidelidade;

Japão: deformação dos pés das meninas escolhidas para serem gueixas, desde crianças tem os seus pés amarrados e calçados em tamancos de madeira para que os pés não cresçam, pois tradicionalmente, gueixas tem que ter os pés pequenos;

Espanha: touradas, os touros são torturados, feridos, molestados e enfurecidos para que o toureiro fique fazendo suas acrobacias, testando suas “habilidades”, e o público apreciando esse excitante(????) espetáculo;

E outras tantas “tradições” que parecem se tornaram apenas salvo-conduto para crueldade, humilhação, bizarrices, preconceitos e desumanidade.

Que tipo de pessoa crê que matar, assassinar, mutilar seja qualquer ser vivo, pode ser justificável por costumes culturais?

Eram tradições antigas : empalar, crucificar, degolar e pendurar as cabeças, decapitar, pilhar e estuprar inimigos de guerra, sacrificar homens e animais em rituais religiosos... Atualmente essas tradições são consideradas barbáries.
O progresso e a evolução da espécie humana já deveriam ter trazido a consciência de que excisão clitoriana, apedrejamento, torturas, não podem jamais serem justificadas por um costume, também são barbáries de civilizações que deveriam colocar o bem estar e respeito aos seres vivos e à natureza em primeiro lugar.

Com todo o respeito a todas as culturas, mas uma coisa é fazer a dança da chuva, outra é mutilar uma criança, é torturar um animal!!! Um rio vermelho do sangue de seres vivos não é tradição é genocídio de uma espécie, já ameaçada e fragilizada.

Há que se definir e redirecionar padrões que estabeleçam uma tradição que não atente contra a vida, para que toda tradição cultural de cada povo seja conhecida e admirada, e não uma cultura estarrecedora, que desperte terror e indignação em quem tem crenças diferentes.
Há que se refletir que tipo de tradição é essa que não tem respeito a integridade e a vida?

quarta-feira, 1 de setembro de 2010