quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Somos Contra : Matança

Demorei para falar no assunto, porque não sabia bem por onde começar.
Não sabia bem como passar verdadeiramente o meu sentimento sobre isso, e ainda nem sei se vou conseguir um dia.
É algo que mexe comigo profundamente, me tira o sono, me angustia, revolta e me cala.
A matança, matança das baleias, dos golfinhos, peixes-boi, matança de focas,matança de crianças, de velhos, matança. Essa é a palavra.
Chegamos em um tempo em que nada tem valor, o futuro não tem valor, o planeta não tem valor, as pessoas não tem valor, a vida perdeu completamente o valor.
E tudo justificado pelo progresso, pelo consumo, pela injustiça social, para tudo se arruma uma justificativa, mas nada justifica. Nada dá o direito de nos obrigar a viver na barbárie em que vivemos.
A matança do direito de viver, de andar na rua, de sentar na calçada, de estudar, a matança do respeito ao próximo, da aceitação das diferenças. Porque ninguém venha dizer que vivemos num país sem preconceito, aqui o preconceito é velado. Está sempre latente, à espreita, e cada cidadão guarda calado a sua dose.
Voltando aos animais, os irracionais claro (aqueles que os racionais matam até por esporte), alguém sabe como se mata uma foca, para retirar sua pele,para alguém vestir numa passarela, num momento de soberba, seu óleo, pra alguma maquiagem que uma fulana cismou em usar pra ficar mais bonita?
Alguém sabe, em quantos segundos um baleeiro transforma um animal lindo, altivo, que a natureza molda com tanto cuidado que demora décadas para maturar? E quantos segundos essa baleia agoniza arpoada, sangrando, se debatendo, lutando, apenas por instinto, gritando para viver?
Ah o objetivo? A gordura, a carne, que nunca foram bens de primeira necessidade, porque são altamente substituíveis, inclusive falando-se em nutrição, não há nada ali naquele animal majestoso, que precise ser sacrificado. Há apenas a ganância, a sede de consumo e poder, a crueldade de quem se esconde atrás de motivos sem sentido, para executar a sua matança, sua sede de destruição.
Passarinhos em gaiola, sapato de jacaré, casaco de chinchila,pele de foca, ensopado de tartaruga,animais no circo, pra mim todos tem o mesmo cheiro, de morte.
A matança desenfreada que o ser humano executa sem pudor, sem justificativa, por achar que está no topo.

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